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A Sexualidade na Adolescência
Maria do Rosário
Reino Pires A Sexualidade na Adolescência é uma temática aliciante e complexa de abordar, mas de grande importância para estes grupos etários mais jovens. É fonte de problemas como a gravidez não desejada, as doenças sexualmente transmissíveis (como a Infecção por HIV e HPV) e suas consequências. Prioritariamente há que facultar aos jovens a oportunidade de pensar na sexualidade, no que significa actuar com integridade e informá-los abertamente sobre os diversos temas: O Desenvolvimento sexual, as Doenças Transmissíveis, Os Métodos de Contracepção, os Mitos Sexuais, a Violência no Namoro, entre muitos outros. É importante passar a mensagem que a sexualidade é mais do que a relação sexual física. É produto da biologia e das experiências de vida de cada um, que dão forma aos sentimentos e valores. Assim como um guião de uma peça diz ao actor, o quê, quando e como actuar, cada pessoa desenvolve o seu próprio guião sexual que expressa o quem, o quê, o quando, o onde, o porquê e o como da sexualidade. Este guião sexual é único e pode modificar-se ao longo da vida à medida que se adquirem novas experiências e se encontram novas ideias. Uma pessoa integra é olhada com respeito porque os seus actos têm três características – honestidade, sinceridade e ética. É importante pensar nestas três características e no seu significado e aplicá-los à sexualidade. A honestidade significa ser verdadeiro, fiel e leal. A sinceridade é ser genuíno ou autêntico, significa ser a mesma pessoa em qualquer local. Finalmente a ética diz respeito a um conjunto de princípios morais. Estes princípios morais, são padrão para ajuizar sobre se um determinado acto é bom ou mau, certo ou errado. Uma pessoa com integridade sexual interiorizou um conjunto de valores sobre a sexualidade que a orientam em relação às suas decisões e comportamentos. Actuar com integridade sexual requer informação correcta. É da responsabilidade do jovem querer estar informado. É da Sociedade a responsabilidade de informar e formar. A Educação Sexual deve estar integrada na Educação para a Saúde em geral e ter como objectivo a consciencialização de cada um acerca da sua própria saúde, levando-o a adquirir competências que o habilitem a uma progressiva auto responsabilização de modo a promover a saúde física, psicológica e social. Nas Escolas devem-se aproveitar os espaços de diálogo promovendo a discussão num trabalho conjunto de alunos, pais, professores e eventualmente outros profissionais. A Educação Sexual, ajuda os jovens a viverem a sua sexualidade com consciência e responsabilidade, levando-os a assumir uma contracepção eficaz. O Início da actividade sexual não significa que já se é “Homem” ou “Mulher”, mas esta deve ocorrer apenas e só quando se sentirem intimamente preparados e isso não deve depender da pressão do grupo ou do companheiro. O Saber dizer “NÃO” é sinal de grande maturidade e responsabilidade. A Adolescência é, a etapa da conquista da autonomia, da elaboração de projectos, da afirmação pessoal e social, na procura de uma independência que conduz à vida adulta. Constata-se uma progressiva autonomia afectiva em relação aos pais e um aproximar do grupo de pares. Há um desejo de estar com os amigos, de se sentirem aceites e inseridos. O grupo de pares passa agora a ser um espaço privilegiado de descoberta, de partilha de experiências e de segredos. Ao longo da Adolescência desenvolve-se a orientação sexual que só adquire a sua solidez na idade adulta. O ser-se jovem também é viver todos os sonhos e fantasias no momento, é criar laços e desfazer laços, é viver os amores e os desamores com todas as alegrias e tristezas que daí advêm. Pela complexidade das mudanças e transformações biopsicosociais pelas quais passa, o adolescente torna-se vulnerável a riscos como a gravidez indesejada e as doenças transmissíveis sexualmente. A tendência para os jovens iniciarem a sua vida sexual mais cedo e não assumirem uma contracepção e uma prevenção eficaz contribui para o aumento desses riscos. Prevenir uma gravidez não desejada e/ou uma DTS, passa por assumir comportamentos e atitudes, com os quais os jovens devem estar profundamente familiarizados.
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