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Editorial - 02 Formação PTE Projecto ‘TurmaMais’ Matemática 1º CEB Educar Sexualidade Avaliar a Aprendizagem N. Prog. Português Sexualidade Educ./Poder Local I Educ./Poder Local II Educ./Poder Local III Educ./Poder Local IV Escola Electrão Dia da Escola TIC e Ed. Musical ... eternamente Aluno?! Avaliação e PEA A Tapada da J. Régio Afectividade e Deficiência Formação Contínua Desalinhos Formação como Projecto Enfoque nas Soluções Formação e BEs Quem nasceu em 34? O meu aluno Albino As aulas da noite Cartoon
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Formação como Projecto
Profissional
Conceição Brás
Escola Secundária Mouzinho da Silveira
Só reflectindo organizamos o
pensamento, tiramos conclusões e traçamos novos rumos.
Enquanto docentes, devemos considerar
a formação contínua imprescindível a um bom desempenho profissional
e o seu contributo, enquanto actualização de vários conhecimentos,
uma mais valia.
Quando falamos de formação, falamos
daquela que resulta da reflexão do decente sobre a sua prática,
sobre as necessidades que sente face aos alunos que tem, cada dia
mais desmotivados e que é fundamental “cativar”; quando falamos de
formação, falamos daquela que o professor terá de fazer no sentido
de se manter actualizado face aos novos desafios que tem de
enfrentar.
Exemplo recente do contributo da
formação para o enriquecimento do desempenho profissional é, em
nosso entender, uma Acção que é um óptimo recurso ao alcance do
professor que, de repente, se vê confrontado com turmas de alunos
dos Cursos Profissionais. Estes alunos, pelas suas características
específicas, são alunos desmotivados para a leitura, pelo estudo no
geral e com poucos ou nenhuns métodos de trabalho. Frequentando uma
boa “Oficina de Leitura”, é possível apreender algumas “Dicas”
significativamente úteis. Deixamo-las aqui com o intuito de que
possam contribuir para eliminar algumas angústias que todos, algum
dia, já sentimos.
“DICAS” PARA PROMOVER A LEITURA
-
Iniciar a aula com 5 minutos de
leitura todos os dias.
-
Ler com paixão de modo a
contagiar
-
“O dia em que a professora leu.”
– produção a colocar no portefólio.
-
Apresentação da capa de um livro
e, a partir dela e da sua descrição, imaginar o conteúdo
-
Apresentação do título para
antecipação da acção
-
Descrição de uma personagem
-
Dar pistas sobre um mistério…que
os alunos terão que descobrir
-
Seleccionar uma frase que motive
bastante
-
“Puzzles”: frases para construir
períodos/ parágrafo; parágrafos baralhados de um pequeno conto
popular.
-
Trocar a ordem no conto em termos
de personagem
-
Partir da imagem/ início da acção
para a descoberta da continuação
-
Leitura em provérbio
-
Colocar os alunos no contexto
onde estão os livros – livraria, biblioteca, feira do livro… e
levá-los à descoberta.
-
Criar uma Oficina do Leitor
-
Criar materiais para levar os
alunos a ler poesia
-
Utilizar a escrita como
mobilizadora de leitura
“DICAS” PARA ANIMAÇÃO DE LEITURA
1.ª
-
Adquirir um conjunto de Catálogos
de obras;
-
Criar uma situação problemática;
-
Os alunos deverão resolver o
“problema” através da consulta dos Catálogos.
2.ª
-
Elaborar uma lista de títulos de
obras;
-
Produzir pequenos cartões com os
títulos;
-
Em grupo, os alunos organizam-nos
por áreas temáticas à escolha.
3.ª
-
Propor a criação de títulos para
vários temas (ex: títulos possíveis para Livros de Culinária)
-
Seleccionar vários títulos do
mesmo autor e propor aos alunos a produção de uma história a
partir de um deles à escolha.
DICAS PARA A PLANIFICAÇÃO DE UM
PROJECTO DE LEITURA DIFERENTE
-
Levar os bons alunos a criar um
serviço de apoio a colegas com mais dificuldades – GABINETE DE
INFORMAÇÃO CIENTÍFICA E BIBLIOGRÁFICA
-
Trabalhar com esses elementos
para consolidar os seus conhecimentos científicos
-
Pesquisam na Biblioteca temáticas
propostas
-
Servem de Apoio aos colegas
DICAS PARA A ELABORAÇÃO DE FICHAS
DE LEITURA
DICAS PARA A ELABORAÇÃO DE
FICHEIROS
-
Ficheiro de obras
-
fotocópia da capa
-
ficha de leitura
-
Ficheiro de:
1.
crónicas
2.
autores de
livros
3.
Histórias
tradicionais (os alunos poderão recolher algumas na sua
terra de origem) e organizar um conjunto de fichas de
leitura sobre, por exemplo, a estrutura deste género de
texto.
4.
fichas de
leitura várias:
─ de elementos
paratextuais;
─ antecipação (letras
desaparecidas);
─ ordem lógica (do
período ao parágrafo);
─ identificação de
palavras;
─ coesão textual
(organização de parágrafos);
─ leitura silenciosa
(palavras descontextualizadas);
─ leitura inferida
(para descobrir o que não está escrito)
´─ leitura para
descobrir o que é importante
DICAS PARA MANTER O
ENTUSIASMO
1.
apresentam
os livros;
2.
mostram os
trabalhos (posters, fichas de leitura…)
3.
fazem
perguntas e se procuram respostas;
4.
mostram
portefólios
5.
…
-
Dar tempo para ler (15m na aula)
-
Proporcionar encontros com
escritores e outros profissionais do livro e da leitura
-
Pôr à sua disposição um grande
número de livros e informação sobre eles
-
Dinamizar a Biblioteca de Turma
com dramatizações
-
Propor actividades de
investigação que promovam a leitura
-
Propor pesquisa de semelhanças e
diferenças entre um livro e o filme nele inspirado
-
Ler o início de uma narrativa,
pedir que escrevam o fim e comparar as versões dos alunos com a
do autor
-
Promover visitas a bibliotecas,
livrarias, jornais, feiras do livro,…
-
Criar um painel de imprensa com
recortes de publicações sobre temas específicos do interesse dos
alunos
-
Promover a realização de
trabalhos de carácter investigativo
-
Pedir a colaboração para elaborar
fichas de leitura e de actividades de modo a construir um
ficheiro
-
Propor a escolha de temas /
assuntos para investigarem
“DICAS” PARA O QUE NÃO DEVEMOS
FAZER
Consideramos que sabermos o que
evitar é tão ou até mais importante do que sabermos o que se deve
fazer. Fixarmos e estarmos atentos aos procedimentos que podem
conduzir ao ódio à leitura é, acima de tudo, uma forma de prevenir.
1. Apresentar
o livro como uma alternativa à TV.
2. Apresentar
o livro como uma alternativa à Banda desenhada.
3. Dizer
aos alunos de hoje que, antigamente, os alunos liam mais.
4. Afirmar
que os jovens têm muitas formas de ocupar os tempos livres e,
por isso, não lêem (o que está em causa é o lugar que o livro
ocupa na família e na escola).
5. Culpar
os jovens por não lerem.
6. Transformar
o livro em instrumento de tortura (o que as escolas parecem
fazer na perfeição através dos manuais escolares dos diversos
níveis de ensino...).
7. Negar-se
a ler (o professor deve ler e tentar habituar o ouvido do aluno
à leitura expressiva que ele não teve em criança).
8. Seleccionar
as suas leituras, sem dar hipótese de escolha (razão pela qual
os levei, primeiro, à Biblioteca e, depois, à Feira do Livro
onde puderam comprar o que escolheram).
9. Obrigar
a ler .
Experimentar não custa e nós,
professores por vocação, nunca desistimos.
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