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As novas prioridades na formação no grupo 410
Etelvina Castelo
Branco Urge reformular os pressupostos teóricos e metodológicos em que assenta a ensinabilidade da Filosofia, à luz das novas formas emergentes de racionalidade e práxis decorrentes da sociedade de informação global e globalizante, ideologicamente tecnocrata e mecanicista. A racionalidade crítica perdida e a criação manipuladora de novos modelos de subjectividade veiculados ditatorialmente pelo universo telecomunicacional têm vindo a sobrepor-se à construção duma identidade pessoal e colectiva, consciente, crítica e criativa. Daí que a concepção doutrinária que a filosofia tem de si mesma, instituída secularmente e prática corrente na docência da disciplina, tenha de ser substituída por modelos pedagógico-didácticos resultantes da novas contextualizações socioculturais. Urge, pois, actualizar a ensinabilidade da Filosofia, no sentido de a readaptarmos ao paradigma emergente, que prima por um conhecimento aberto, total, em processo. O novo público-alvo do ensino secundário, filho do paradigma emergente e tipificado estruturalmente pelo fenómeno complexo da globalização, requer uma aprendizagem suportada por estratégias pedagógicas revolucionárias, nas quais não faz sentido a exclusividade da hermenêutica de texto, assim como a quase ausência de protagonismo do discente na construção da sua própria aprendizagem. Consequentemente, penso que há que apostar em acções de formação direccionadas para a construção e aplicação de ferramentas técnicas que visem a proficuidade no desempenho da ensinabilidade da Filosofia. Não me refiro a todas aquelas comuns e transversais a múltiplas áreas disciplinares, mas sim à própria construção de instrumentos de trabalho que sejam o rosto da especificidade desta disciplina e, simultaneamente, se enquadrem nos novos contextos vivenciais, visando o cerne da aprendizagem do filosofar: como ensinar a pensar autónoma e criticamente numa sociedade desencantada e intelectualmente passiva.
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