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A D. Sancho II, ontem e hoje. Que futuro?

Joaquim Mendes
Escola Secundária D. Sancho II

A proposta de participação nesta publicação, surge num momento de profundas mudanças na Escola Secundária D. Sancho II de Elvas. Estas mudanças são, não apenas ao nível do espaço físico, pois estamos a sofrer profundas obras de requalificação, mas também da possível necessidade de reorganização das estruturas escolares, através da criação de mega agrupamentos de escola.

Parece-nos, por estas razões e também pela vontade que muitos de nós temos em contribuir para melhorar a educação em Portugal, que é pertinente repensar a nossa actividade, projectando-nos, renovados, no futuro.

Com este propósito e pedindo a colaboração a docentes desta escola, apresentamos um ciclo de reflexões subordinadas ao tema  “A D. Sancho II, ontem e hoje. Que futuro?”

“Com a unificação dos ensinos técnico e secundário, na década de setenta, e a consequente extinção das Escolas Industriais e Comerciais e dos Liceus, surgiram as Escolas Secundárias, entre as quais se inclui a escola Secundária D. Sancho II, herdeira da excelente formação ministrada na Escola Industrial e Comercial e Elvas e na Secção Liceal de Elvas do Liceu de Portalegre.

Se a Escola industrial e Comercial foi a grande responsável pelo sucesso profissional de uma grande parte da população activa não só de Elvas como de concelhos limítrofes, em áreas como a mecânica, a electricidade e o comércio, a Secção Liceal propiciou as bases sólidas para o prosseguimento de estudos a inúmeros alunos que concluíram estudos superiores nos mais diversos domínios.

Dando continuidade ao legado que lhe foi transmitido, a D. Sancho II procurou, desde a sua criação, oferecer à população discente uma diversidade formativa que viesse ao encontro dos seus interesses e expectativas, quer no domínio técnico-profissional quer no do acesso ao ensino superior, embora se constatasse que, no caso da oferta técnico-profissional, esta não correspondesse (mais por motivos de política educativa nacional do que por responsabilidade própria) em termos quantitativos ao que outrora se verificara.

Actualmente, tendo sempre presente a sua tradição e as oportunidades que entretanto surgiram, decorrentes de uma nova política educativa, a D. Sancho II, considerando a realidade actual da região em termos sociais, económicos e culturais, bem como os desafios que se colocam aos seus educandos em termos de futuro, após a auscultação da comunidade educativa, oferece aos seus destinatários cursos em três grandes áreas: prosseguimento de estudos, formação profissional e certificação escolar e profissional pós-laboral.

Relativamente ao prosseguimento de estudos, a oferta inclui todas as áreas que fazem parte dos actuais planos de estudos superiormente aprovados.

No que diz respeito à formação profissional, a Escola oferece cursos que vão de encontro às necessidades da região em termos laborais, nomeadamente os cursos de Técnico de Informática de Gestão, de Técnico de Gestão e Instalação de Equipamentos de Informática, de Técnico de Apoio Psico-Social, de Técnico de Instalações Eléctricas, de Técnico de Energias renováveis, variante de Sistemas Térmicos, e de Técnico de Frio e Climatização.

Quanto à certificação escolar e profissional pós-laboral, encontram-se em funcionamento os Cursos de Educação e Formação de Adultos de certificação escolar, nível secundário, e os cursos de dupla certificação de Técnico Administrativo, de Técnico de Apoio à Gestão e de Técnico de Instalador de Sistemas Térmicos.

Para que o sucesso nessas áreas de formação seja uma realidade, a actual Direcção da D. Sancho II, avisadamente, procurou sensibilizar e envolver toda a Comunidade Educativa, solicitando a sua colaboração na elaboração e execução do Projecto Educativo do qual, como consequência da análise dos resultados da avaliação interna (entretanto implementada) e da avaliação externa, constam como grandes áreas de intervenção o fortalecimento das relações escola/família/comunidade, a promoção da formação pessoal nos domínios ético e moral e a melhoria das aprendizagens e resultados dos alunos, não descurando, assim, a formação integral do aluno que não se esgota na instrução, antes se completa com a sua formação em termos éticos e cívicos.

E é tendo em consideração as áreas de intervenção citadas que todas as estruturas da Escola planificam a sua actividade, como se poderá concluir do seu contributo para a elaboração do Plano anual de Actividades e do Quadro de Avaliação e Responsabilidade, documentos que periodicamente são alvo de avaliação por parte dos distintos agentes envolvidos, de modo a aferir o seu grau de execução e a eventual necessidade de ajustes indispensáveis à sua consecução.

Convirá realçar ainda a implementação de um processo de formação interna nos diversos departamentos disciplinares que se tem revelado um profícuo momento de partilha de saberes e experiências que muito tem contribuído para o superar de lacunas que se vai reflectir na prática docente.

Mas vivemos tempos de mudança e novas realidades se avizinham (nomeadamente a criação dos denominados “mega-agrupamentos”) que vão lançar novos desafios à Comunidade Escolar da D. Sancho II em termos de reorganização administrativa e de actuação dos intervenientes no processo educativo.

Se em termos de reorganização administrativa a tarefa não se antevê fácil, no que diz respeito à actuação dos intervenientes no processo educativo as dificuldades afiguram-se bem mais difíceis, tendo em conta o número e a diversidade de actores envolvidos.

Para que estes desafios sejam superados com êxito, será fundamental que se crie e instale na escola/agrupamento uma forte cultura cooperativa a qual implica a interacção positiva, a responsabilidade individual, o respeito pela heterogeneidade, a participação equitativa e uma liderança forte e partilhada, condições determinantes para que numa organização de tais dimensões se possa desenvolver a acção para que está vocacionada e se alcancem as metas previamente estabelecidas.

Esperemos que assim venha a acontecer.”